Conselho Nacional de Educação
O CNE representando pela Senhora Secretária-Geral Doutora Nilza de Sena participou dia 22 de novembro na conferência organizada pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI) no âmbito da semana da ciência e da Tecnologia 2024, no Pavilhão do Conhecimento.

Sobre o “Impacto da Inteligência Artificial na Educação” e reconhecendo riscos e potencialidades da ferramenta na área, a conferencia ilustrou alguns dos desafios e benefícios que a implementação da IA coloca, bem como as necessidades de adaptação decorrentes do anacronismo dos métodos de ensino. Sobre os benefícios destacamos, a personalização da aprendizagem, pois a IA pode adaptar os materiais de ensino às necessidades individuais dos alunos, prometendo uma abordagem eficaz e inovadora comparada com as metodologias tradicionais. Pode mapear lacunas especificas de cada estudante em função do seu ritmo e características; pode agilizar o feedback personalizado no processo de aprendizagem, através da resposta imediata e personalizada, o que permite melhorar a compreensão de conceitos difíceis dos conteúdos disciplinares, acelerar o processo de aprendizagem e contribuir para a construção da autonomia do aluno. Este último aspeto é essencial para o desenvolvimento de competências de autorreflexão e consequentemente do sucesso escolar dos alunos; pode automatizar tarefas administrativas, como a correção de exercícios, deixando mais tempo aos professores para se concentrarem no ensino uma vez que proporciona o acesso a uma ampla gama de recursos educacionais em tempo real.

Sobre os desafios que a implementação da IA coloca torna-se essencial: garantir a privacidade e segurança, ou seja, exige garantir aos alunos que os dados sejam protegidos e utilizados de maneira ética em ambientes online; combater a dependência excessiva da tecnologia e desigualdade de acesso às ferramentas de IA, pois pode impedir o desenvolvimento de competências sociais e emocionais e levantar preocupações ao nível da exclusão digital e da equidade uma vez o acesso à IA não é igual para todos os alunos; contornar a resistência à mudança - por parte dos professores e das instituições, devido à falta de formação dos primeiros e ao elevado custo da implementação de sistemas IA.

Em síntese, com a IA educar vai-se tornar cada vez mais um ato contínuo de pensar e repensar como reforçar os valores humanos, como o da equidade, mas também os associados a decisões de sustentabilidade da vida no planeta. “Vai ser essencial a empatia como marca profunda do que é sermos humanos uns com os outros todos os dias e essa deve ser também uma meta da Educação”, referiu a Secretária-Geral do CNE.


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Secretária-Geral do CNE Doutora Nilza de Sena



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