O Seminário Educação de Adultos: ninguém pode ficar para trás decorreu no dia 20 de setembro p.p., no auditório do Conselho Nacional de Educação (CNE) e contou com a participação de diversos especialistas em matéria de educação ao longo da vida.
Na abertura do seminário, que contou com a presença do Secretário de Estado da Educação, João Costa, a presidente do CNE, Maria Emília Brederode Santos, revelou a sua preocupação com o futuro, nomeadamente com certos efeitos não desejados dos avanços tecnológicos como a desvalorização do trabalho humano, o acentuar de desigualdades e a sustentabilidade do planeta.
Nos painéis da manhã, apresentaram-se reflexões e dados relacionados com os conceitos de literacia e qualificações da população portuguesa adulta, assim como algumas repostas e resultados práticos.
Do debate sobressaíram questões e comentários relacionados com a necessidade de serem criadas redes entre os agentes envolvidos nestas problemáticas.
Nos painéis da tarde, sobressaíram as comunicações que reconhecem à população portuguesa mais idosa (especialmente os residentes em zonas rurais e periféricas) muitos saberes e competências, certamente diferentes dos saberes escolares, contudo identitários e preciosos em diversas dimensões do conhecimento e da prática. Referiram, ainda nesta perspetiva, a importância das histórias de vida, e o papel da educação intergeracional, ou seja, a passagem de testemunho entre gerações, mecanismo pedagógico que perdurou nas sociedades humanas até há bem pouco tempo. Em suma, em prol de um desenvolvimento sustentável, importa conciliar saberes ancestrais, das sociedades mais tradicionais, com os saberes científicos das sociedades pós industriais.
Dentro da brevidade possível, o CNE irá publicar as comunicações proferidas neste seminário.