Estas preocupações têm-se destacado como uma prioridade na agenda internacional. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD), através do Centre for Educational Research and Innovation (CERI), no seu relatório mais recente, Trends Shaping Education 2025, publicado em janeiro, levanta questões sobre as implicações destas tendências em vários níveis e setores da educação, oferecendo ferramentas de reflexão para auxiliar os sistemas educativos a antecipar disrupções e a pensar estrategicamente sobre o futuro. Estas ações, conforme enunciado nos referidos textos do Estados de Educação, incluem o reforço da oferta de Português Língua Não Materna (PLNM), a valorização das línguas e culturas dos alunos migrantes, integrar educadores de várias nacionalidades, integrar crianças e jovens migrantes, bem como das suas famílias, numa perspetiva assente na colaboração entre diferentes atores e em políticas intersectoriais mais amplas. Estas últimas são necessárias para combater as causas profundas da desigualdade.
A adoção de uma abordagem proativa, aprofundada em conhecimentos aprofundados dos problemas e na conceção de cenários que explorem diversas possibilidades de resposta, pode auxiliar os sistemas educativos não só na preparação para potenciais disrupções, mas também na capitalização de oportunidades emergentes e na adoção de medidas para moldar o futuro. Em última análise, faculta aos responsáveis políticos e demais intervenientes no domínio da educação a capacidade de tomar decisões informadas, resilientes e adaptáveis.